Review de Beelzebub #1 da Panini

Finalmente chegou! Após lançamentos de vários shonens ao longo deste ano, a Panini anunciou e lançou este mês o mangá Beelzebu, de Ryuhei Tamura.
No Japão, apesar de não ficar mais no topo das listas da Shonen Jump e Oricon, é um mangá muito bom, engraçadíssimo e que faz bastante sucesso ainda por lá.
É um daqueles shonens referência, que dispensa comentários.

Sobre a História

 Tatsumi Oga é um delinquente, brigão, que não tem só cara de mal: ele é mal, muito mesmo. Um verdadeiro demônio. Um belo dia, enquanto humilhava e torturava alguns colegas à beira do rio, um grande homem desacordado vem boiando em sua direção. Quando ele chega à superfície ele abre no meio (é, ele abre, verticalmente) e dentro dele sai um bebê.

Essa tirinha me fez rir muito no metrô.

Oga então leva a criança para casa de um amigo e lá, após ser atacado pela gothic lolita Hilda, começa a entender toda a situação:
O bebê, chamado Beelzebub, é filho do Rei dos Demônios e foi enviado para a terra com o propósito de destruir a humanidade. Para isso ele tem que ter um tutor, alguém para canalizar toda sua força e energia. Mas Beezelbub é quem escolhe o tutor. Tem que ser alguém demoníaco, mal, que tortura as pessoas sem piedade. E Oga foi o escolhido por se encaixar perfeitamente no perfil. Hilda é serva do pequeno príncipe do inferno e "ajuda"- entre aspas mesmo - Oga a criar o menino.

O arruaceiro então começa a procurar alguém que seja pior do que ele, para que Beelzebub seja criado por outra pessoa. Seu colégio é o pior da cidade (se não for do Japão inteiro), e lá "estudam" os piores alunos, os mais violentos, arruaceiros, criminosos... Parecido com um colégio público daqui do Brasil.
E é lá que o nosso herói protagonista irá começar a busca por alguém mais demoníaco que ele.
O foco do mangá não são as lutas, típicas dos shonen, mas sim as piadas. É um mangá MUITO caricato. As piadas são bem inteligentes e rápidas, não são previsíveis. Isso acaba tornando um ponto forte.
Quando Oga tenta assustar Beelzebub e ele adora, é hilário. As piadas aleatórias lembram muito Arakawa Under the Bridge em alguns momentos, mas, particularmente, Beezelbub é mais engraçado.

Formato e material

 

Os mangás da Panini, como sempre, seguem um padrão ótimo. A capa é exatamente a mesma que a japonesa, ressalva apenas, o logo que foi romanizado, mas seguiu a mesma textura que o original.

Primeira imagem do mangá da internet brasileira AWW YEAH

A adaptação do português no mangá ficou muito bem feita, as piadas e as gírias ficaram bem engraçadas, da forma que tem que ser. Eu, sinceramente, não acho errado adaptar uma palavra ou outra para que a piada faça sentido. Dragon Ball, também da Panini, é cheio de piadas adaptadas e nunca vi ninguém reclamar.
Apenas uma coisa que me desagradou foi a descrição da capa. Na minha opinião a capa forçou um pouco a linguagem mais jovem e ficou parecendo alguma propaganda de filme infantil na sessão da tarde. Descrição:

 "Catei um capeta

Tatsumi Oga é o traste valentão que domina o pedaço. Certo dia, no meio de uma treta, ele cata um bebê que estava de bobeira por aí. E o pirralho é ninguém menos que o filho do rei dos demônios, enviado à Terra pra destruir a humanidade! Agora, por uma sacanagem do destino, Oga vai comer o pão que o diabo amassou: ele será obrigado a criar o moleque!"

 Meio brochante de ler. Mas o que importa é o conteúdo do mangá, no qual vale a pena, e muito.
Foco para as contra-capas coloridas, que são muito bonitas.

Considerações finais

Babu apaixonado vendo seu novo pai humilhar alguém

 

Beelzebub é engraçadissimo. Mesmo. Enquanto lia na minha aula da faculdade me encontrava rindo do nada. É um mangá pra todas as horas e vale muito a pena colecionar. O mangá ainda está em produção no Japão (essa semana foi lançado o volume 17 lá).
Parabéns à Panini que acertou em cheio ao trazer mais um título desse porte.
Agora, falta Katekyo Hitman Reborn, quem se propõe?